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TOXINA BUTOLÍNICA

O que é Toxina Butolínica?

A toxina botulínica é um medicamento que, quando aplicada em músculos, provoca relaxamento e quando aplicada em glândulas reduz a produção de saliva ou de suor.

A toxina botulínica age também na redução da dor e permite, assim, um melhor manejo do paciente pelos seus cuidadores. Com isso, temos menores riscos de fraturas, prevenção de deformidades ósseas, correção de posturas viciosas e facilitação dos cuidados de higienização.

Como é feito o procedimento?

A aplicação é realizada no consultório médico ou na residência do paciente. Não há necessidade de internamento, preparo especial ou de jejum. A pessoa tratada com toxina botulínica pode realizar fisioterapia no mesmo dia e não há recomendações específicas após o procedimento. A injeção intramuscular é relativamente indolor e a infusão não provoca dor no local, nem na hora nem depois do tratamento.

Dr. Glauber de Menezes Ferreira

MÉDICO NEUROLOGISTA | CREMEC 7810 RQE 3531

Graduação pela Universidade Federal do Ceará (2000) | Residência em neurologia pela Universidade de São Paulo (USP-RP/SP) (2005) | Título de especialista em neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia (2004) | Pós graduação em gestão de organizações de saúde (FEAAC/UFC) (2012) | Diretor clínico Clínica da Memória

Dr. Pedro Braga Neto

MÉDICO NEUROLOGISTA | CREMEC 8947 RQE 5694

Graduação pela Universidade Federal do Ceará (2003) | Residência em Clínica Médica pela Universidade Federal do Ceará (2006) | Residencia em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo / UNIFESP (2008) | Título de especialista em Neurologia pela academia Brasileira de Neurologia (2009) | Doutor em neurociências pela UNIFESP/SP (2011) Chefe do departamento de neurologia da Universidade Federal do Ceará (UFC)

ESPASTICIDADE

O que é Espasticidade?

Espasticidade é um fenômeno motor involuntário, caracterizado por aumento do tônus muscular dependente da velocidade do movimento. Essa condição é caracterizada por uma alteração no controle muscular, diferenciada principalmente por um aumento da resistência: os músculos ficam rígidos e tensos, podendo levar à incapacidade de controlá-los. A espasticidade severa e prolongada pode levar a CONTRATURA DOS MÚSCULOS, ocasionando a deformidade das articulações em uma posição FlXA.

Quais são as causas da Espasticidade?

A espasticidade é resultado de uma lesão em partes específicas do sistema nervoso central (cérebro ou medula espinhal), responsável pelo controle do tônus muscular e do movimento, acometendo principalmente braços e pernas dependendo da localização e grau de lesão. As causas podem ser diversas: acidente vascular cerebral (AVC ou derrame), lesões medulares, traumatismo craniano, paralisia cerebral infantil, esclerose múltipla e enfermidades neurodegenerativas.

Alinhando as Expectativas com seu médico

Existe uma variedade de estratégias de tratamento para o tratamento da espasticidade. Consultar um médico especialista (neurologista reabilitador e fisiatra) é muito importante para determinar o tratamento e as expectativas que podem ser cumpridas. É fundamental identificar claramente os objetivos do paciente e do médico. Os objetivos funcionais específicos no tratamento da espasticidade incluem:

Como é o Tratamento?

 Existem diversas estratégias de tratamento para que o paciente com espasticidade consiga ter uma melhora na qualidade de vida. Essas estratégias de tratamento incluem medicações orais, órteses, tratamento postural, além da toxina botulínica A. Todos esses tratamentos devem sempre estar integrados em um programa de reabilitação global do paciente. A Toxina botulínica é importante para relaxar o músculo afetado e, em conjunto com a fisioterapia, pode trazer uma melhora nos movimentos do paciente, trazendo maior autonomia para a realização de suas atividades diárias. Além disso, colabora para diminuição da dor e evita deformidades e cirurgias corretivas. 

Que cuidados devem ser tomados?

O exercício, incluindo alongamento muscular, pode ajudar a diminuir a severidade dos sintomas. A fisioterapia promove o correto estiramento do músculo e pode prevenir um encurtamento permanente sendo uma importante aliada no tratamento da espasticidade. Os cuidadores podem ser instruídos quanto à forma de realizar a fisioterapia, para que possam ajudar seus pacientes a realizá-la no próprio domicílio. A postura correta também é muito importante no controle da espasticidade. 

Quais as consequências da ESPASTICIDADE?

Sintomas da espasticidade podem variar desde uma leve contração muscular até uma deformidade grave, com permanente encurtamento muscular e posturas anômalas.
A espasticidade pode ser dolorosa especialmente se leva a articulação a tomar uma posição anormal ou impede uma série de movimentos realizados por um grupo muscular. A espasticidade pode aumentar o grau de dificuldade para realizar atividades diárias, como:

BLEFAROESPASMO

Blefaroespasmo e espasmo hemifacial

Blefaro significa “pálpebra”. Espasmo significa “contração muscular involuntária”. O termo blefarospasmo se aplica a oclusão ou piscamentos involuntário das pálpebras, o que pode provocar desconforto, constrangimento e dificuldade de abrir os olhos. Em neurologia esse problema geralmente decorre de uma distonia (contração involuntária) dos músculos orbicular dos olhos e orbicular das pálpebras. A toxina botulínica é usada nesse casos para relaxar os músculos afetados e permitir a abertura dos olhos.

O espasmo hemifacial é uma contração involuntária dos músculos de um dos lados do rosto. Isso pode levar a piscamentos involuntário de um dos olhos e caretas no rosto. Esse problema pode provocar muito desconforto e constrangimento. A causa do problema geralmente é um contato anormal entre o nervo facial (responsável pelo movimento do rosto) e um vaso sanguíneo. A toxina botulínica é usada nesse casos para relaxar os músculos afetados, reduzindo os piscamentos e caretas.

DISTONIA

O que é a distonia?

A distonia é um distúrbio de movimento em que os músculos de uma pessoa se contraem de maneira incontrolável. A contração faz com que a parte do corpo afetada se torça involuntariamente, resultando em movimentos repetitivos ou posturas anormais. A distonia pode afetar um músculo, um grupo muscular ou todo o corpo. A distonia afeta cerca de 1% da população, e as mulheres são mais propensas a isso do que os homens.

As áreas do corpo que podem ser afetadas incluem:

Complicações

Dependendo do tipo de distonia, as complicações podem incluir:

Diagnóstico

Para diagnosticar a distonia, o seu médico começará com um histórico médico e exame físico. Para determinar se as condições subjacentes estão causando seus sintomas, seu médico pode recomendar:

Testes de sangue ou urina. Esses testes podem revelar sinais de toxinas ou de outras condições. Ressonância Nuclear magnética ou tomografia computadorizada. Esses exames de imagem podem identificar anormalidades em seu cérebro, como tumores, lesões ou evidências de acidente vascular cerebral. Electromiografia (EMG). Este teste mede a atividade elétrica dentro dos músculos.

TRATAMENTO

Para gerenciar suas contrações musculares, seu médico pode recomendar uma combinação de medicamentos, terapia ou cirurgia.

Medicamentos

A toxina botulínica que é injetada em músculos específicos pode reduzir ou eliminar suas contrações musculares e melhorar suas posturas anormais. As injeções geralmente são repetidas a cada três a quatro meses. Os efeitos colaterais geralmente são leves e temporários. Eles podem incluir fraqueza do pescoço, boca seca ou alterações de voz.

Outros medicamentos visam produtos químicos de sinalização em seu cérebro (neurotransmissores) que afetam o movimento muscular. As opções incluem:

Levodopa: esse medicamento pode aumentar os níveis do neurotransmissor dopamina.

Trihexifenidil e biperideno: esses medicamentos atuam sobre outros neurotransmissores. Os efeitos colaterais podem incluir perda de memória, visão turva, sonolência, boca seca e constipação.

Tetrabenazina: esse medicamento bloqueia a dopamina. Os efeitos colaterais podem incluir sedação, nervosismo, depressão ou insônia. Diazepam, clonazepam, baclofeno: esses medicamentos reduzem a neurotransmissão e podem ajudar algumas formas de distonia.Também podem causar efeitos colaterais, como sonolência e desequilíbrio.

SALIVAÇÃO EXCESSIVA E HIPERIDROSE

Salivação e excessiva e hiperidrose

A sialorreia (também chamada de ptialismo ou salivação excessiva) é um distúrbio caracterizado pela hipersalivação. Em repouso, a saliva se acumula na parte de trás da garganta, desencadeando o reflexo normal de deglutição, mas em pessoas com doença do sistema nervoso o reflexo pode estar ausente, o que aumenta o risco da saliva ser aspirada para o pulmão causando uma pneumonia aspirativa. Para reduzir a produção de saliva, o médico neurologista pode aplicar a toxina botulínica em glândulas parótidas (na frente da orelha) e nas glândulas submandibulares (debaixo do queixo).

Hiperidrose (sudorese excessiva) é resultado da hiperatividade de glândulas sudoríparas. Pessoas com esse problema podem se queixar de suor excessivo em região de axilas, nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Injeções de baixo da pele de toxina botulínica reduzem drasticamente a produção de suor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Combatendo a espasticidade. [acesso em 2015 jul o6]. Disponível em: http://www.einstein.br/einstein-saudelpagina-einstein/ Paginas/combatendo-a-espasticidade.aspx
2. Dor e distúrbios do movimento. [acesso em 2015 jul o6]. Disponível em: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-ava ncado- dor disturbios movimentos/Paginas/espasticidade.aspx Toxina Botulínica. [acesso em 2015 jul o6].